“Viver, às vezes, me parece tão cansativo...”
Encarei a piscina novamente. Eu já mal pensava na Melanie e, de alguma forma, quando pensava era diferente. Eu não me importava mais por estar longe dela. E eu sabia bem o motivo. Fui relutante em aceitar, mas eu já sabia mesmo antes do dia em que a Yasmin me surpreendeu com um beijo pela primeira vez.
Tinha acabado de dizer a ela que era melhor que sequer fossemos mais amigos. Os sentimentos da Yasmin por mim eram tão transparentes... Não podia ser maldoso com ela. Imaginei que ela fosse apenas me castigar com seus olhos tristes indo embora no silêncio. Mas, em vez disso, ela se aproximou mais e mais. O toque dos seus lábios...
Levei meus dedos até meus lábios com a lembrança. Iria dar mais um olhada na janela do quarto em que a Yasmin estava, mas antes disso me deparei com ela em pé a poucos passos de mim.
“Yasmin?!”
Ela parecia confusa. “Você me chamou...”
“Quando?”
“Agora há pouco. Você olhou pra janela e fez um sinal para que eu descesse...” ela corou.
O gato.
“Oh!” sorri pensando que talvez o gato preto tivesse anunciado boa sorte. “Tinha um gato no telhado, pelo menos pensei ter visto um, mas ele sumiu...”
“Ah... Desculpa.” Ela se virou, indo embora.
“Ei, Yasmin.”
“Me chamou?”
A sua expressão me roubou um sorriso fácil. “Sim, chamei. Se importa de ficar aqui comigo?”
Ela sentou-se ao me lado. Peguei a sua mão, tão macia... Não tive coragem de encará-la. Se ela fosse me dizer não...
“Se eu estiver perdidamente apaixonado por você... Isso será um problema?”
Ela não me respondeu. Era isso. Busquei a sua resposta em seu rosto. Tão quieta.
“Acho que demorei demais...”
Ela continuou calada.
“Por favor, diga alguma coisa... Mesmo que seja pra me chamar de idiota...”
Abaixei a cabeça. Eu merecia.
“Derick...” ela me chamou. Voltei meu olhar para ela. Algumas mechas de cabelo escondendo seu sorriso. Arrumei para atrás de sua orelha. Desci as costas da minha mão o mais suavemente que pude pelo seu rosto.
Ali estava a sua resposta, finalmente, reconheci.
Aproximei a minha boca da sua lentamente, tendo cuidado em gravar na minha memória os seus olhos derramando seus longos cílios sobre as maças de seu rosto rosadas.
Senti minhas pálpebras pesadas ao abrir. Algo impediu que eu mexesse a minha mão esquerda. Forcei minha vista, tentando reconhecer o lugar onde estava.
“Oh, Derick!” era a voz da minha mãe.
“Mãe?”
“Oh, meu filho...” ela começou a chorar debruçada na minha mão esquerda.
“Não chora, mãe...” minha boca tinha um gosto estranho e falar causava um pouco de dor. Gemi.
Minha mãe levantou seus olhos para mim rapidamente. “É melhor você não se forçar, filho. Estou tão feliz. Preciso avisar a todos.” Ela se levantou e me deu um beijo na testa. “Não vou demorar. Estão todos preocupados com você.”
Foi só um piscar de olhos e vi o rosto do meu pai sorridente ao lado da minha mãe. Meus irmãos estavam do outro lado da cama, também sorrindo. Mas todos aqueles sorrisos mal escondiam o vermelho cansado ao redor de seus olhos.
“Vou deixar a Sally e o Jack te verem também. Depois voltamos, ok? Eles só deixam quatro de nós por vez.” Minha mãe falou, soltando a minha mão e deixando a sala com meu pai.
Talita e Ricardo estavam quietos demais; o que não combinava com eles.
Jack entrou na sala com os braços ao redor da Sally. Não soube dizer se ele a estava abraçando ou a segurando. Sally não sorriu. Lutava em não me deixar ver que chorava. Jack apenas desviou os olhos dela por um par de segundos, quando torceu os lábios numa forma de sorriso sem vontade na minha direção.
“Estou tão horrível assim?”
Eles trocaram olhares cúmplices.
“Se eu estiver alguma coisa perto de como me sinto...” sorri, tentando não deixá-los ainda mais tensos.
“Já deve estar passando o efeito da medicação. Mamãe já foi falar com o seu médico, ele vai cuidar disso assim que chegar.” Talita.
Eu sabia que tinha alguma coisa em que eu precisava fazer, mas não conseguia me concentrar o suficiente para lembrar. Escola?
“Vocês não deveriam estar no colégio?”
Olharam-me com uma surpresa.
“Descansa, Derick. Você não tem que pensar em nada agora.” Talita.
Eu estava no hospital... Óbvio, mas só então me dei conta do que isso queria dizer.
“O que estou fazendo aqui?”
Ricardo colocou as mãos no meu ombro. “Calma, brother.”
A pressão que ele fez foi leve, mas a dor me fez ver um flash. Eu girando dentro do carro. O carro girando. Tudo girava.
“Oh, meu Deus!”
Yasmin... “Cadê ela?” senti meu rosto molhando.
Um senhor alto e com o cabelo grisalho entrou na sala. Era o médico.
Todos eles saíram com a chegada do doutor e de duas enfermeiras.
“Cadê ela? Cadê a Yasmin?”
“Calma, meu jovem. Você sobreviveu a um acidente grave, precisa repousar.”
“Eu preciso saber onde ela está.”
Ele olhou para as enfermeiras, pedindo que nos deixassem. As duas jovens saíram. Puxou uma cadeira para mais perto de mim.
“Derick, o que você se lembra?”
“Alguma coisa estava errada na troca pela Yasmin. Uma senhora apareceu. Os policiais também. Algo explodiu. Depois tudo girou...”
“O motorista do seu carro morreu. O carro está em pedaços... Você tem muitas contusões, mas não tem um osso quebrado. Isso é um milagre, Derick.”
Tadinho do bebê, ele ta dodói =/ Onde esta a Yasmim? pq não falam mesmo? ah sim... pra nos torturar ò.ó
ResponderExcluirVou ali chamar a Lu pra te bater... kkkkkkkkkkkkkk
Bjoo sua louca ;*
Idem ao coment anterior... lixa*
ResponderExcluirPrincipalmente por não explicar nada u.u
Só quero ver qnto tempo vc ainda vai levar nessa kill
Ainda bem que o Derick não está tão mal...
ResponderExcluirE a Yasmin?Espero que ela não tenha morrido =S
Beijos
BruXuh, cadêêê a Yasmin?
ResponderExcluirSe continuar nos enrolando vou ajudar a Lu e a gê a te baterem.
Beijo.
Parece que a tempestade está muito longe de acabar... Espero que não comecem a mandar pedaços da Yasmim. ÇÇ
ResponderExcluirbjosmil! *.*
Eu já te falei no msn e vou repetir aqui... Com certeza vc a pessoa com menos amor a vida que conheço FATO! u_u
ResponderExcluirBjks
Deh... ¬¬'
ResponderExcluir-
Lu, essa violência...
-
Vih, esperamos.
-
kkkkkkkk, Qualé, Dindi.
-
Mita... ><'
-
Pah. çç'