sexta-feira, 13 de maio de 2011

14– Alexander Pope uma vez escreveu...

“Abençoado é o homem que nada espera, pois ele nunca se decepcionará.”
Já era domingo e eu não era mais capaz de suportar a ansiedade para sentir o gosto daqueles lábios rosados novamente. As horas pareciam não passar e quando finalmente a noite caiu sabia que em pouco tempo ela estaria com seu lindo sorriso na minha frente.
Estava segurando um buquê de flores, encostado em um murinho de um dos prédios do Colégio Elite. O restante do pessoal estava a esperando no refeitório. Já tínhamos planejado tudo.
Ela não fazia ideia, a sua mãe que me falou o horário em que a Yasmin chegaria.
Foram dias difíceis. Yasmin foi urgente em desligar o celular todas as vezes que tentei conversar com ela. Não conhecia seus motivos. Imaginei que quisesse passar o máximo de tempo possível com seu pai. Ela sempre lamentava por ficar pouco tempo com ele.
Um carro parou na entrada principal. Eu podia sentir que era ela. Não vi o modelo ou cor do automóvel. Meu coração tinha parado de funcionar. Minha respiração... Quem lembraria de respirar naquela situação?
Ela desceu do carro sorridente como havia imaginado. Eu podia contar os segundos até que ela ficasse surpresa a me ver. O carro partiu e foi apenas nesse momento que vi aquele rapaz alto ao seu lado. Ele carrega uma mochila nas costas. Yasmin e ele trocavam gargalhadas. Aquele era o André...
Tinha algo de muito errado acontecendo. Não era possível... Senti um nó na garganta. Os dois não me viram e passaram direto para dentro do prédio. Não consegui tirar meus olhos daquele pedaço da rua em que os dois desceram do carro. Senti o buquê escorregar das minhas mãos e esqueci como se movia por algum tempo. Percebi que tinha prendido a respiração só quando o ar voltou a circular abruptadamente.
A forma como a Yasmin me tratou nos últimos dias e depois rindo com o seu ex-namorado? O que ela riscou de sua vida? Que a traiu com sua melhor amiga? O que era aquilo?
Forcei meus pés a me levarem ao dormitório. Precisava ficar sozinho. Dormir apenas. Mas aquela cena não parou de se repetir na minha mente por toda a noite. Eu queria explicações. Não, eu não queria de verdade. Mas eu precisava. Talvez eu estivesse tendo uma reação exagerada. Talvez. Eu precisava acalmar as minhas emoções antes de procurar por qualquer resposta. Desejei que as longas horas da noite fossem o suficiente para isso.
Meu celular estava lotado de mensagens e chamadas não atendidas. Como eu explicaria o que me fez sumir ontem à noite sem soar completamente bobo aos olhos de meus amigos? Eu deveria ter colocado meus lábios nos da Yasmin logo que a vi, sem me importar com a presença do André. Eu tinha certeza que era assim que qualquer um teria agido no meu lugar.
No refeitório pela manhã, antes da primeira aula, avistei a Yasmin na mesma mesa que nossos amigos. Caminhei até eles.
O que mais me surpreendeu em tudo foi estar desconfiando da Yasmin. Ela nunca tinha me dado motivos. A maior parte de mim tinha tanta certeza de que o ocorrido da noite passada não tinha sido nada, que eu havia enfeitado a situação. Mas também tinha aquela pequena parte que me alertava... Um frio cortante na minha espinha.
“Bom dia!”
Talita socou meu braço “É bom que tenha uma ótima explicação, Derick! Porque passamos a noite ontem imaginando que ser sobrenatural poderia ter sido o causador do seu sumiço repentino.”
“É melhor deixarmos eles a sós.” Ricardo sugeriu, levantando-se.
Talita o puxou no mesmo instante, fazendo um baque surdo “Ele que se vire e leve a namorada dele pra conversar em outro lugar. E é bom que seja rápido, porque falta pouco para as aulas começarem.” minha irmã disse duramente.
Yasmin se levantou e, sem me encarar, aproximou-se.
“Vamos para o pátio.” Yasmin.
Durante o caminho não trocamos palavra alguma. Analisei a Yasmin. Estava séria, tensa. Queria poder lhe fazer sorrir. Perdi as forças para questioná-la do que quer que fosse. Um abraço e sentir o cheiro de seus cabelos limpos... Tudo o que precisava.
Minha namorada continuou calada quando chegamos no pátio. Ela esperava que eu falasse. Já estava tão arrependido...
“Eu te vi ontem... Quando você chegou... Com o... Ele... Mas isso não tem mais importância.” as palavras tentaram não sair.
“Eu sei.”
Olhei surpreso “Você me viu?”
“Não. Depois quando não te vi esperando com os outros na cantina. Eles me disseram.”
“Yasmin, me desculpa...”
“Ele apareceu lá em casa, com a desculpa de ver o meu pai. Depois insistiu tentando falar comigo. Desculpou-se novamente por tudo e deixei pra lá. Não me importo mais se ele está ou não por perto. É indiferente. Ignorar não resolveu muito... Dividimos o mesmo taxi na volta. Falamos sobre gostos em comum. Demos algumas risadas.” ela disse sem emoção, economizando palavras.
“Você não atendia as minhas ligações.”
“Falei com você uma vez.”
Encarei incrédulo. Era isso? Uma vez tinha sido o suficiente? Eu estava mesmo sendo tão absurdo assim?
“Pra me dizer que depois nos falávamos.”
“Sim. Não é o que estamos fazendo agora?”
Aquelas palavras mal pareciam pertencer ao meu amor.
“Yasmin, o que aconteceu? Você está estranha comigo desde que fomos ver o seu pai.”
Ela suspirou, como se eu estivesse sendo cansativo “Nada, Derick.”
Isso confirmou o que eu temia. O que ela não estava me dizendo?
“Eu queria ter ficado com você. Foi isso? Mas quando você disse que eu não ficaria, pensei que fosse melhor apenas te deixar passar esse tempo com o seu pai. Sua mãe até me convidou...”
Ao som da palavra mãe Yasmin me encarou com grande ressentimento.
“Não sei se fiz mal passando a noite na sua casa, mas a sua... Sandra insistiu. Ela falou bastante de você.”
Seu olhar estava me atravessando, “Imagino. Ela deve ter sido um amor de pessoa também. Não quero me atrasar para a aula. Depois nos vemos.” seguiu para a sala de aula.
“Espera, Yasmin!”
“Depois, Derick.”
O fim era assim? Porque eu tinha essa impressão. Eu faria de tudo para estar errado.

7 comentários:

  1. Não acredito q a Yasmim ficou sem falar com o Derick por q ele aceitou o convite da Sandra, tudo bem q ela não é a melhor mãe do mundo, mas não é pra tanto... ela preferia que ele dirigisse sozinho a noite de volta pra casa? g.g
    Andre visitou o pai e isso é motivo de chegarem tão amigos, se é imperdoavel assim o q o Derick fez e o q o André fez? aff...

    Bjooos Suh maluca

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  2. Suh, não entendi a Yasmin, sério mesmo.
    Tá toda estranha, chega rindo com o ex, o Derick tenta se acertar e ela mal fala e ainda se revoltou com ele só por ter ficado mesmo na casa dos pais? Aff.
    Queria o quê? Que ele ficasse no hospital sem nem poder entrar no quarto? Voltasse sozinho no meio da noite? Ah vá!
    Tô com vontade de dar um tapão nela ainda mais que na atuh passada (e outra em você, claro) e espero MERMO que ele esteja errada.
    Sem beijo pra tu, mermão!

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  3. Eu realmente desisti de entender. Vou esperar para ver. Oh, gente mais confusa!
    bjosmil!*.*

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  4. André Argh
    Tadinho do Derick =\
    Não entendo porque a Yasmin o está tratando assim o.o
    Só pq ele aceitou o convite da mãe dela?
    Se for aff

    Beijos

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  5. Relendo as atuhs anteriores pra descobrir qual parte deixei de ler afffff
    Nenhuma!!! Então pq essa frescura da Yasmin? Ela tá usando as mesmas drogas pesadas que vc?? kill
    Suh!!! Vc nao cansa de meter esse seu dedo podre nas coisas que estão indo táo bem?
    Merece uma surra!!
    Tb nao vou mandar beijo nao u.u

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  6. Deh, Dindi, Mita, Vih e Lu...
    Não sentido o que a Yasmin está fazendo? Claro que não faz.
    Muita emoção, pouquíssima razão... Como poderia fazer sentido?
    Obrigada pelos comentários, amores! =*

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  7. Eu pulei essa atuh! O.o
    Não vi e ninguém me avisou! Por isso fiquei meio perdida nas outras! Agora já me situei...

    Sim, reforçando... Yasmin = Queen of Drama...

    Bjks

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