quinta-feira, 14 de abril de 2011

4- Don Ward uma vez escreveu...

"Lembre-se de que a resposta de ontem pode não ter nada a ver com o problema de hoje".
“Vamos aproveitar essa agitação e sair de fininho?”, Yasmin.
Sorri e segurei uma de suas mãos. Como eu poderia conscientemente negar qualquer pedido que me fosse feito por ela?
Passamos a noite juntos em sua casa; eu praticamente morava lá.
No domingo, já à tarde, Yasmin voltou ao meu lado na sala discando seu celular.
“Vou chamar a Sally para nos contar a história de ontem.”, comentou comigo logo antes da sua ligação ser atendida.
Yasmin era muito curiosa, mas ela não seria tão direta em satisfazer a sua curiosidade se não fosse matá-la através de sua amiga de infância.
Sally falava alto e pude ouvir a conversa.
“Você é uma safada! Pensa que não sei o porquê desse convite repentino? Aff! O pior é que eu adoraria recusar só pra te irritar, mas não quero ficar hoje aqui. Estou ficando doida de vez já! Já chamou a Mari?”.
“Não. Hoje é domingo, esqueceu que ela passa os domingos com a família?”.
“Sei, sei, mas já deu pra almoçarem juntos à essa hora. Faz ela ir também, porque depois ela vai querer saber e não tenho paciência pra contar de novo não! Já perdi as contas de quantas vezes já repeti essa história. Cruz credo!”.
“Eu conto pra ela, então, amanhã. Não tem problema.”
“Não! Claro que tem problema. Não quero que vire fofoca na escola isso.”
“Já deve ter virado, né.”
Sally ficou muda por um segundo.
“Por que está dizendo isso?”.
“Ué. Você que disse que já contou várias vezes essa história... Doida.”.
“Aff, Yasmin! Até fiquei preocupada por um instante. Não contei pro mundo todo. Contei pro Jack, depois o Ricardo, o Caio e o Vinícius... E Camila. Eles não vão falar disso com ninguém, me prometeram. Nem queria ter contado pra eles, mas já estavam fazendo um alarde doido, achei melhor falar, pra se acalmarem. Me sinto mal falando assim de algo que a Tali me confidenciou, não que tenha me pedido segredo, mas mesmo assim, né... Só que não queria que acabasse se espalhando mais e distorcido, entende? Confio em vocês, sei que vão ser discretos quanto a isso. Até o cabeça oca do Vinícius tenho certeza de que não vai mais tocar no assunto. Bem... Só insiste pra ela ir, ok? Sendo você a chamar, ela só vai recusar se realmente não puder ir. Vou pegar minha bolsa e já estou chegando.”.
“Beijos.”
Desligou o celular e já discou para a Mariana. Não precisou insistir para que ela aceitasse seu convite, Mariana aceitou de prontidão.
Fiquei surpreso ao ver que realmente sem demora a Sally estava passando pela porta da sala.
“Oi, gente! E aí, a Mari vem?”.
“Oi, prima!”.
“Oi... Ela deve levar mais tempo, porque sua família está hospedada no centro.”
Sally colocou a sua bolsa na mesinha de centro e se jogou de qualquer jeito na poltrona.
“Talita passou o dia trancada no quarto, aparentemente, dormindo. Berrou algumas vezes, quando socamos a sua porta, pra deixarmos ela descansar. Jack saiu cedo, falou pro Ricardo que tinha umas coisas para resolver, mas não o vi ontem depois da festa nem hoje. Não pude conversar com ele ainda. Quero bater nos dois. Ridículos. Ficam agindo como se nada tivesse acontecido, mas está na cara que estão tentando evitar a situação. Fico preocupada com os dois. E sem saber onde o Jack está...”, suspirou, “E o Ricardo está me tirando do sério... Aff! Ele é tão simples que seja a irritar em horas como essas. Ontem, quando contei, ficou surpreso, mas não deu importância. Disse que isso é assunto dos dois, que eles vão se resolver do jeito deles. Sim, eu sei que é verdade, mas como ele consegue achar tão natural? Brigou hoje comigo quando entrei no quarto dele pedindo ajuda, desabafando... Ele acha estranho que eu fique tão preocupada. Estranho é ele não ficar! Já estava enlouquecendo lá em casa. Não consigo parar de pensar em tudo isso. E agora não consigo nem parar de falar. Pronto. Parei.”
Eu e a Yasmin não deveríamos ter rido, porque realmente não cabia, mas a Sally daquele fez isso inevitável.
“Ótimo! Apoio de amigos é sempre um conforto.”
Sally deixou a porta aberta, então Mariana entrou sem que percebêssemos.
“Já começaram a farra sem mim?”, comentou ao ver a cena.
Sally se desdobrou na poltrona e abraçou a sua amiga pela cintura, “Mari, você é a única séria aqui que vai me dar razão.”
“Está doida, menina!”, fingiu se importar se desvencilhando do abraço da amiga, “Ou eu sou séria ou te dou razão, as duas coisas não combinam. E isso são modos na casa dos outros?”.
“Ah, como se eu me importasse com modos em casa de amigos/família. Rá! Nem estou fazendo nada demais... Só estou deitada.”, sua consciência pareceu pesar de repente, “Você se incomoda, Min?”.
“Claro que não, Ly. Só não abusa.”, riu.
“Tsc. Por isso essa criança é assim, ninguém dá limites.”, provocou.
“Ah, sua chata! Senta logo e para de reclamar. Ah, não!! Melhor do que isso, Marizinha fofa!”.
“Golpe vindo...”, Yasmin disse em meio a risos com a implicância entre as duas.
“Não atrapalha, Min. Então, como dizia...”, forçou um tom meigo, “ Marizinha, faz um daqueles bolinhos deliciosos pra gente que só você sabe fazer com suas mãos de fada. Já disse que te amo hoje, luz da minha vida?”.
Eu e a Yasmin só sabíamos rir diante de toda aquela cena.
“Já disse pra você não esquecer de tomar sua medicação antes de sair de casa, Sally, mas você não me ouve.”, Mariana.
Sally saiu do sofá e sentou-se no chão agarrando as pernas da Mariana, “Please. Estou necessitada de um bolo feito por você.”
“Sai do chão sua doida! Meu Deus!”, Mariana ficou um pouco embaraçada diante de uma atitude tão comum à minha prima.
“Então faz, please...”.
“Não recebo pra cozinhar pra você, Sally.”, disse tentando se desvencilhar da amiga.
“Poxa... Um carinho seu precisa ser pago?”.
“Não vou fazer nada com você me agarrando.”
Sally voltou para a poltrona num salto, “Agora faz?”
“Não, Sally! Vou é te bater se continuar me atazanando! Você não está na sua casa. Nem perguntou se a Yasmin deixa isso. E mesmo que ela deixasse, eu não vou fazer. Para de enrolar e conta logo o que queremos saber. Desembucha, anda.”.

8 comentários:

  1. Legal as tres reunidas *-*
    Mas Suh quem quer saber de bolo?-toma
    Aff vai enrolar até quando com essa história?

    Sem beijo pra você u.u

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  2. Eu ri com a doida da Sally... kkkkkkkkkkkkkkkk
    Q custa a Mari fazer um bolo? até eu fiquei com vontade, ms quero mesmo é saber da história toda dona Suellen ¬¬' Para de palhaçada de terminar as atuhs assim u.u'

    bjoo louca!!!

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  3. Bolo?! Vc vai vai ver o que vai acabar indo pro forno lixa*
    Casa branca de portão azul... Bem na esquina...
    Acho que isso vai fazer vc pensar melhor na hr de terminar atuhs com bolos... afffff

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  4. Suh... Você está é dando um bolo ou volta na gente! rsrsrsrsrsrsrs
    Quero saber o que aconteceu!

    bjosmil! *.*

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  5. A frase final resume o meu comentário "Para de enrolar e conta logo o que queremos saber. Desembucha, anda.”

    Afff, tb só faço um comentário decente qd souber! ¬¬"

    Bjks

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  6. Meninas queridas do meu coração!
    O bolo foi só para preparar vocês para as duas próximas atuhs. Vão sentir falta do bolo. FATÃO!

    Sério, só apanho por aqui... çç'

    Obrigada pelas ameaças tão adoráveis Vih, Deh, Lu, Mita e Pah. uu'

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  7. Suellen Astrogildine, para de enrolar, caramba! Hunf.
    Nem sei porque ainda vim comentar aqui.
    Trate de falar tuuudo na próxima atuh, mocinha!
    Nem tá merecendo beijo hoje, mas como é minha sobrigêmeaperfa... *-*
    Beeeeeijo.

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  8. Maria Ingrid Clodovinilde, vai pro ruivo!! =P
    Melsenhor, alguém tem coração por aqui... Tiagêmeaperfa! *w*

    =*

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